(...) E eu ainda estou aqui.

Olho ao me redor e vejo como tudo mudou, como eu mudei nos 16 anos que se passaram até chegar aqui. Parece surreal olhar as recordações e chegar a conclusão que aquilo que para mim fora há 3 anos atrás, na verdade foram há 8. É incrível a capacidade do ser humano de guardar os melhores momentos como se tudo tivesse acontecido ontem, e não há anos atrás. A verdade é que 365 parece ser um número bem grande, mas ele passa tão rápido, que quando caímos em si, a contagem já recomeçou; 1,2,3, e assim por diante; A cada dia, um novo número, um novo passo, um centímetro a mais, um fio de cabelo a menos...É tão simples quando colocado dessa forma. Entretanto, quanto mais simples e fácil, mais díficil se torna pra mim. Sempre me perco no meio da contagem e de repente todas as promessas que fiz no dia 1, só são lembradas no 365 e mais uma vez eu deixei de lado as minhas prioridades, as minhas necessidades pelo medo e pela insegurança. Insegurança essa, que diferente dos dias que sempre acabam, nunca tem fim. E não é por falta de não tentar, porque eu tento, juro! Talvez seja porque as circunstâncias não ajudem muito, afinal sempre tem aquela chuva torrencial antes do arco-íris. Mas a minha chuva nunca têm fim mesmo, então porque esperar o final pra ver a beleza, se eu não puder aproveitar a beleza do momento? É, minha avó sempre me diz, : "quem está na chuva é pra se molhar", e isso eu sei fazer muito bem!